Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2020

Dá que pensar

 

Sendo apenas um treinador de bancada, há uma coisa que me salta à vista sem grande esforço, o Benfica está doente. A complicação não reside apenas em jogadores e equipa técnica, engloba toda a estrutura do Clube.

Apesar do enorme crescimento do Clube, que é inegável, há certos pormenores que não tiveram qualquer evolução. Continua a deficiente construção do plantel, uma sujeição a todos os niveis inexplicável relativamente ao concorrente directo e uma débil comunicação.

Todos os anos verificam-se falhas na construção do plantel. Há sempre jogadores a mais para certas posições e insuficiências evidentes noutras. O exemplo mais evidente é a posição de defesa esquerdo, Grimaldo tem sido única opção sem qualquer alternativa equivalente desde há muito, e demasiado, tempo.

Apesar das melhorias neste aspecto, continuamos com problemas psicológicos relevantes para com o nosso maior adversário interno. Dentro do campo é bem visível o contraste motivacional entre ambas as equipas.

Relativamente à comunicação do Benfica, é excelente relativamente ao marketing e publicidade, mas débil e ineficaz em todo o resto. Todos os dias somos atacados, a maioria das vezes com falsidades fáceis de desmontar, no entanto a atitude do Clube passa a maioria das vezes por uma enigmática passividade. 

 

Relativamente à última exibição da equipa, há coisas que me intrigam, nomeadamente a obsessão pelo 4x4x2. Com um meio campo enfraquecido (ausências de Gabriel e Weigl), agravado pelo debilitado estado em que se encontra o lado esquerdo da defesa, não compreendo a aposta num meio campo apenas com 2 unidades. O problema acentua-se quando verificamos que Florentino está com falta de ritmo e Taarabt, apesar do esforçado, não é propriamente um esteio defensivo.

Supostamente o esquema utilizado é ofensivo, no entanto passamos o jogo a defender. Na frente a pressão é deficiente e inofensiva, corre-se demasiado e sem qualquer utilidade.

Seferovic é outro mistério. Não é preciso ser um expert na matéria, está à vista de todos que o Suíço não está no seu melhor momento, no entanto é sempre a alternativa a Vinícius. Como era de esperar, apresentou–se em campo com semblante triste e passou ao lado do jogo. Parece-me a mim, que não percebo nada disto, que se querem recuperar o jogador terá de ser num jogo teoricamente mais acessível.

Depois temos Samaris. De jogador decisivo, na época anterior, a vetado num ápice. O que se passa? Certamente que não será pelo profissionalismo, seu comportamento sempre foi elogiado pelos responsáveis do Clube e o seu Benfiquismo é inegável. Se não serve porque não foi substituído em tempo útil?

Outra situação perturbadora é ir para os jogos europeus com uma atitude de ensaio. Fazer experiências em jogos deste nível de dificuldade é demasiado arriscado, principalmente numa altura de menos fulgor (para não dizer outra coisa) da Equipa.

 

O texto já vai longo, haveria muito mais para dizer, mas vou ficar por aqui.

Há demasiadas questões para uma estrutura supostamente tão competente.

 

Acorda Benfica.

                               

 

publicado por Tasqueiro às 10:57
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