Sexta-feira, 10 de Julho de 2020

Queda livre

 

Após mais uma exibição pobre, Veríssimo diz isto:

“ ... Sofremos o golo na parte final do jogo, mas os nossos jogadores estão de parabéns pelo jogo que fizeram perante uma equipa que está a fazer um excelente campeonato. A equipa fez um jogo muito competente e consistente. Os jogadores dignificaram a camisola do Benfica.”

 

Em estado de negação e a exigência em queda livre.

Há bastante tempo que isto se tem vindo a verificar, incluindo Rui Vitória, e tem-se manifestado também na BTV.

             

publicado por Tasqueiro às 15:08
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Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2012

Rivalidade doentia

 

Jogo da época para o Sporting. Tivessem tido esta atitude desde o início das competições e, provavelmente, não estariam a 18 pontos do Lider e a 2 pontos da linha de água (4 do último classificado).

 

Em sentido inverso esteve o Benfica, bastante apático a ver o que o jogo iria dar. Com tanta lentidão e passes falhados, os nossos vizinhos aproveitaram e num momento de sorte marcaram o seu único e insuficiente golo. A partir daí o Benfica acordou e, sem deslumbrar, fez o suficiente (3 golos) para ganhar a partida e ser novamente Lider no campeonato portoguês.

 

Já é recorrente esta apatia nas partidas contra os nossos rivais diretos. Não consigo compreender esta atitude, mas sei que igual comportamento no jogo com os portistas e o resultado pode ser bastante amargo, com já vimos demasiadas vezes.

 

No final da partida, LFV chamou à atenção para as mãos que frequentemente estão a desviar as bolas das suas trajetórias, numa grande área a norte de Portugal, mãos essas que não pertencem ao guarda-redes de serviço (daí a alusão a um segundo guarda-redes). Chamou, ainda que indiretamente, aldrabão ao Godinho, ao que este respondeu que não respondia para não baixar o nível:

 

“Não venho para descer ao nível negativo de acusações que não têm interesse para o futebol. Estou aqui para dignificar o futebol, colocar o Sporting onde merece.”

 

 “A minha preocupação é dignificar o futebol e é isso que tento sempre fazer".

 

 

Para este senhor dignificar o futebol significa estar presente entre aqueles que queimam bancadas do seu principal e único rival, sovar bombeiros (que tentem combater esse mesmo incêndio) e depois, sem pedir desculpas, vir apenas mostrar o seu desagrado pelos acontecimentos (provavelmente por não ter tido proporções maiores).

 

Também não desce o nível negativo de acusações que não têm interesse para o futebol, apenas pactua com elas, conforme se pode observar dias antes do incêndio no Estádio “… com condições pré-históricas …”.

 

Aproxima-se mais uma jornada, segue-se o Marítimo em casa, jogo difícil, ao contrário do nosso concorrente que irá a casa amiga receber, como de costume, os 3 pontos numa bandeja.

 

               

publicado por Tasqueiro às 14:16
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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2012

Os direitos do Benfica

 

Nas eleições do Benfica venceu a continuidade. Espero que a continuidade seja um pouco diferente dos anos anteriores, essencialmente no que toca à política de comunicação e títulos no futebol sénior.

 

Os candidatos estiveram mal, ataques pessoais foram o prato do dia e de projetos falou-se pouco. Rangel apenas apresentou alguns traços gerais, pouco esclarecedores e mostrou alguma falta de rigor nas suas declarações. Assim, sem uma alternativa credível, a maioria votou em Vieira.

 

Vieira deu ouvidos aos Benfiquistas e anunciou a não renovação dos direitos televisivos com a entidade detentora do monopólio. Quanto a mim fez bem, espero que cumpra essa promessa.

 

O jornalista João Querido Manha diz que os Benfiquistas foram inebriados pelo guru da televisão (Moniz). Não vejo o que esse senhor tenha a ver com isso, nem como chegou a essa conclusão. Não me conhece de lado nenhum, não vejo, por isso, com pode ter qualquer certeza acerca das minhas (e de outros Benfiquisatas) convicções. Se não gosta, ponha na borda do prato.

 

Outro que parece saber tudo acerca dos Benfiquistas é o jornalista António Adão Faria. Chama-nos de ingratos porque, diz ele, os Benfiquistas reprovaram as escolhas (nomeadamente a inclusão de Luisinho, André Gomes e Ola John em detrimento de Melgarejo, Bruno César e Rodrigo) do JJ para o jogo com o Gil Vicente. Diz ainda que fomos “… forçados a mais uma vénia a um treinador que lhes respondeu com nova bofetada de luva braca.”. Não sei de onde foi tirar essas conclusões, mas ofender quem paga para ler os seus artigos é mostrar ingratidão.

 

Ricardo Costa e Pedro Henrique estão preocupados com a isenção no tratamento das imagens. Pelo discurso, desconfiam da isenção do Benfica e por isso há que regulamentar sobre o assunto. Nada tenho contra a regulamentação, desde que seja igual para todos. Já agora, eles que ponham, também, as suas isenções em dia.

 

                   

publicado por Tasqueiro às 15:07
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Quarta-feira, 9 de Março de 2011

Infelizmente...

 

…somos poucos, aqueles que todos os dias tentam fazer a diferença.

 

…são muitos, aqueles que continuam a patrocinar os clubes, os jornais, os canais e outros que tais.

 

 

“O que me assusta não são as acções e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas.”

Martin Luther King

 

 

                     

 

publicado por Tasqueiro às 15:23
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Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2011

“Surpreenderam-nos”

 

Esta é a frase que conta a história do jogo.

 

Julgo que a fanfarronice de JJ tenha contribuído de maneira decisiva para pobre 1ª parte do jogo, onde a equipa foi surpreendida por uns Alemães com vontade de demonstrar que quem tem medo compra um cão.

 

Já não é a 1ª vez que JJ tem discursos arrogantes, plenos de “favas contadas” que, depois, lhe acaba por sair a “fava”. Foi assim na Super Taça e na Champions. Tanto os resultados, como as exibições, só começaram a aparecer quando voltou à Terra muito mais humildade.

 

Tivessem os jogadores encarnados, uma boa dose de respeito pelo adversário e o jogo teria corrido bem melhor, sem grandes sobressaltos e iríamos à Alemanha bem mais folgados.

 

Foi bem visível, na 2ª parte, que só não se marcou mais 1 ou 2 golos, porque, a correr atrás do prejuízo, os jogadores estavam bastante ansiosos, o que retirou o discernimento nos momentos cruciais.

 

Não sendo um resultado tranquilo, até porque a Alemanha é um caso histórico bicudo para o Benfica, pode ser benéfico, na medida em que, os jogadores irão melhor informados das dificuldades que vão encontrar e assim, entrarem em campo com atitude que tiveram cá na 2ª parte.

 

          

publicado por Tasqueiro às 12:25
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Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011

Redefinir prioridades

 

Foi uma grande exibição, aquela que o Benfica proporcionou na Catedral contra, o sempre complicado, Vitoria de Guimarães.

 

À semelhança do ano do Titulo, jogou-se futebol em alta rotação, a 1ª parte foi um verdadeiro massacre, com belas jogadas sucessivas (algumas de assinalável nota artística), de golo eminente. Não fosse o desacerto na acção do golo, ou as intervenções do guarda-redes e o resultado atingiria números de goleada ao intervalo.

 

São 3 pontos a somar que, previsivelmente, nada modificaram na diferença pontual na tabela classificativa. Para os mais atentos, não será uma novidade, mas é sempre bom ouvir declarações validadas na comunicação social:

 

“Nas primeiras jornadas do Campeonato, que determinaram este avanço pontual, o Benfica foi lesado, prejudicado e impedido de ganhar, ao contrário de outros, que foram ajudados para ganhar jogos. Normalmente este é um modelo seguido, só que este ano foi evidente de mais. Consolida-se determinada posição no início do Campeonato e depois gere-se o avanço”

Rui Gomes da Silva

Vice-presidente da Direcção do SLB

 

Não só os árbitros como, também, muitos dos adversários, estão em sintonia com os interesses dos andrades. É rotineiro haver sempre uma lesão de um jogador emprestado, ou o jogo não correr tão bem quanto desejavam. Quando há casos, nunca se comenta, ou porque se estava a olhar para o chão, ou o resultado é sempre justo, mesmo que único golo seja na transformação de um pénalti inventado.

 

Perante esta evidência, julgo ser importante fazer uma reavaliação dos objectos da época, ver quais os que, efectivamente, dependem apenas de nós próprios. O campeonato, neste momento (com todo este embuste), é apenas uma miragem.

 

No meu entender, a Liga Europa (A Taça que falta) e a Taça de Portugal, deviam de ser a nossa preocupação principal. Seria em função destas duas competições, que se devia de gerir o plantel.

 

A Taça da Liga seria a 3ª escolha e por último o campeonato, que já se encontra entregue desde o seu início.

 

Seguindo esta óptica, o jogo mais importante da época seria já o próximo.

 

                

 

publicado por Tasqueiro às 16:38
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Quinta-feira, 3 de Fevereiro de 2011

Critérios de opinião

 

Opiniões, após o jogo, vão no sentido de que o mérito, do resultado do clássico, vai todinho para o erro. O 1º golo é mérito do erro de Maicon e o 2º do erro de Fernando.

 

Temos, portanto, uma vitória do erro. Não 1 mas 2, tantos quantos os golos. Estou certo que seria um atrick se Helton não tivesse efectuado a defesa da noite. Pode-se dizer que, naquele momento o erro errou.

 

Também as ausências de Walter, Fucile (opção), Álvaro Pereira e Falcão (lesão) tiveram um peso enorme na vitória do erro. Algum mérito também para Vilas Boas, sem a sua visão, o erro provavelmente não jogava e, teríamos uma partida sem golos.

 

Fosse o “incrível” a marcar os golos e o erro não teria todo este protagonismo. O 1º teria sido devido á força e ao instinto goleador, o 2º ter-se-ia resumido à pontaria e potência de remate.

 

O futebol não é uma ciência exacta, facto que leva a que os critérios opinativos também não o sejam.

 

As opiniões, são isso mesmo, opiniões. Temos que as respeitar, sem que, necessariamente, tenhamos de concordar com elas, até porque, nem os opinadores concordam sempre com os seus próprios critérios, eles mudam consoante os casos e os protagonistas.

 

Poderia exemplificar o fenómeno com as declarações antagónicas de Vilas Boas sobre árbitros e arbitragens, num dia não passa de entretenimento, noutro já têm importância, principalmente se o árbitro for Elmano Santos a arbitrar um jogo do Benfica.

 

No entanto vou exemplificar com um caso que se passou no café onde estava a ver o jogo. Logo nos primeiros minutos de jogo, os jogadores da casa, quando caíam ao mínimo toque, (situação que permitiam livres perigosos à entrada de área Benfiquista), saltavam os Benfiquistas indignados, a revolta era prontamente desvalorizada por um andrade: “O árbitro apitou e isso é que conta, ele é que sabe”, afirmava ele. Passados alguns minutos e já com um resultado desfavorável (o Benfica já ganhava), o critério opinativo do andrade mudou. Agora saltava ele de visivelmente irritado: “Então não é falta?”, “Mas aquilo é alguma falta? só assim é que conseguem ganhar”. Um verdadeiro “case study”.

 

Este fenómeno também se aplica a analistas de arbitragem. Conseguem ver pormenores, ou não, consoante os casos e os protagonistas. Vem isto a propósito de um caso com Coentrão e o Belluschi na área Benfiquista. O jogador andrade ao atirar-se para o chão puxa a camisola de Coentrão arrastando-o consigo para fora das quatro linhas. Belluschi, nada satisfeito ao levar com o adversário em cima, agride Coentrão como uma palmada na cabeça.

 

Os visionários analistas, neste lance, pedem um amarelo para ambos:

 

“A Coentrão por ter simulado uma falta que não existiu” e “a Belluschi por ter tido comportamento anti-desportivo”, ou melhor ainda, “O movimento brusco de Belluschi acaba por não poder ser considerado um comportamento violento”.

 

Tratam-se, pois, de prodígios da observação e dedução, de fazer corar Sherlock Holmes.

 

 

 

 

Fez bem JJ em denunciar mais um acto de vandalismo à Casa do Benfica de Gaia, caso recorrente que é ignorado pela comunicação social e que irremediavelmente fica sempre sem a devida punição. É mais importante falar de um qualquer desentendimento entre JJ e um jogador da equipa adversária.

 

Tal como JJ, também eu queria deixar aqui o meu enorme agradecimento a todos aqueles corajosos Benfiquistas (e que coragem) que marcaram presença e apoiaram os Nossos Gloriosos Atletas do princípio ao fim.

 

 

                 

publicado por Tasqueiro às 17:02
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Terça-feira, 1 de Fevereiro de 2011

Apreensões

 

 

Começando pelas notícias de ultima hora, tenho a dizer que não estou nada satisfeito com o negócio David Luiz.

 

O rapaz é novinho, com uma margem de progressão enorme, e já era titular indiscutível do Benfica e da Selecção do Brasil.

 

A cláusula era de 50 Milhões € e pelas notícias na altura do defeso (valem o que valem) houve uma oferta a rondar os 30 M €.

 

O negocio fez-se por 25 M € mais um jogador, que dizem valer 5 M €, mas que foi comprado o ano passado por valores muito inferiores a isso, sendo que a sua valorização parece-me muito exagerada, pois estava emprestado a um clube modesto da Liga Holandesa.

 

As contas do Benfica devem andar pela hora da morte, pois o encaixe é fraquinho (o Benfica não detinha os 100% do passe e há ainda o Clube de formação que também tem de receber alguma coisa) e o timing é péssimo.

 

O que mais me irrita são os discursos do LFV. “…as cláusulas são para cumprir…”; “…o Benfica não está em saldos…”; “…as contas estão controladas…”, etc, etc.

 

Não sabemos os termos do pagamento, mas mesmo que seja pago a pronto, dos 25 M € temos, forçosamente, de retirar 6,25 M € relativos a 25% do passe vendido (julgo ser essa a percentagem), mais uns 2 M € para pagamento de formação, ficamos com a módica quantia de 16,75 M €.

 

A conversa do descontente comigo não pega, só tinham de aumentar o ordenado ao rapaz, nem que fosse para os níveis dos mais bem pagos do plantel (não deve de ir ganhar muito mais), até porque ele era um dos jogadores mais importantes do plantel.

 

Como o facto está consumado, resta ter esperança (e eu tenho muita) no Sidnei e esperar que o Matic seja, realmente, uma mais valia, muito embora, para o lugar já cá temos o Javi e Airton. Espero que Javi não esteja já apalavrado para sair no fim da época.

 

 

 

Outro assunto preocupante está relacionado com a FPF. 70% dos votos não chegaram para fazer passar os novos estatutos, ganhou a minoria e não é preciso pensar muito para saber quem está por detrás disto, basta ver quem esteve ausente da reunião.

 

Continuamos na ilegalidade e já deve de haver Clubes de outros Campeonatos a esfregar as mãos de contentes, pois as competições europeias estão mesmo ali à mão de semear.

 

A Selecção pode fechar as portas, pois não vai haver competição para ninguém.

 

Aguardemos as decisões da FIFA e da UEFA, estes não brincam ao dirigismo e as pressões de outras federações têm o seu peso.

 

A confirmar-se estes "castigos", gostava de saber quem vai ser responsabilizado. 

                    

 

                   

publicado por Tasqueiro às 12:01
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Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2011

A Taça, o mercado e o folclore

 

Foi em ritmo de treino, mas com muita competência, que o Benfica goleou (5 x 0) o Olhanense e deu mais um passo para a final no Jamor.

 

O clube que se segue é o Rio Ave, nos quartos de final, será a 3ª equipa consecutiva da 1ª Divisão que sai ao Benfica (SP.Braga – 4ª eliminatória e Olhanense – oitavos de final), nesta edição da Taça.

 

Da 1ª Divisão restam, Vitória de Guimarães, Académica, Rio Ave e o Benfica. O FCP também lá está, mas já se encontra nas meias-finais, quando se apanha “pexotes” é assim, anda-se mais depressa.

A outra equipa ainda em luta na Taça de Portugal é o Merelinense, que irá medir forças com o Vitória.

 

 

 

Agora o mercado.

 

Certos estão Jardel (central) e Fernandez (extremo), mas segundo os jornais, ainda estão na calha, alguns com pré-acordos, Carol (lateral), Taiwo (lateral) e Nolito (extremo).

 

A maioria vem em final de contracto, pelo que o Benfica não irá despender muito dinheiro nas aquisições, em todo o caso, não deixa de ser muita “gente” (vencimentos) a juntar aos que já cá estão.

 

Em sentido contrário está Fábio Faria, que foi emprestado ao Valladolid, equipa da 1ª Divisão de Espanha.

 

Pelas entradas, prevejo tempos difíceis para Miguel Vitor (central), Rodrick (central), Sidnei (central), Fábio Faria (central), Cesár Peixoto (lateral – não vai deixar saudades), Urreta (extremo) e um sem número de jogadores da formação, para os quais esta época será a ultima nos juniores.

 

David Luiz deve de estar de saída, Coentrão também e Salvio é uma incognita (preço anda nos 8 milhões), ele é bom jogador, mas valerá o dinheiro?

 

 

Resta o folclore.

 

Chamo-lhe folclore porque não sei como hei-de denominar as afirmações do Vilas Boas.

Diz ele que quer fazer história no futebol português ao ganhar por 3x consecutivas a Taça de Portugal, as ultimas 2 foram vencidas pelo seu clube, e esta, seria a 3ª consecutiva, um facto histórico diz ele.

 

Bem, só se for no clube onde treina, porque no Campeonato português, há mais que um tri, o Benfica consegui-o (nas épocas entre 1984 e 1987) e o Sporting também (1944 a 1948 – na época 46/47 não houve edição da Taça).

Vejam bem que até há, quem tivesse ganho a Taça 4x consecutivas. A proeza é do Benfica, conseguida entre o ano de 1948 e 1953 (na época de 49/50 não houve edição da Taça).

 

Os média são tão competentes, que para além de ainda não terem desmentido Vilas Boas, ainda pactuam com o erro dando-lhe cobertura, com se as afirmações estivessem correctas.

 

Como diria Fernando Pessa, e esta hein?

 

 

                 

publicado por Tasqueiro às 10:38
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Terça-feira, 11 de Janeiro de 2011

Crónicas de jogo

 

Fazia eu uma breve incursão pelos jornais desportivos na net, quando dou por mim a ler uma composição opinativa, que eles denominam de “crónica do jogo”, sobre o União de Leiria 0 x 3 Benfica.

 

Alem de outras, ficaram na retina estas preciosidades:

 

“…a U. Leiria não quis vencer, nem tentou…”;

 

“A União, sem Silas e Carlão, que rumaram a outras paragens, não teve em Leandro Lima o patrão do meio-campo nem em NGal o substituto do goleador brasileiro.”;

 

“A União limitava a ver o adversário jogar, uma equipa passiva e sem ambição…”

 

Para quem não viu o jogo, ao ler estas linhas, imagina uma partida sem interesse, onde uma equipa não quis jogar, e outra, a que ganhou, não por mérito mas por não ter qualquer tipo de oposição.

 

Como não foi este Leiria que vi, ou pensava ter visto, dirigi-me à parte das estatísticas para comparar números.

 

Chegado ao quadro, deparei-me com os seguintes resultados:

 

Posse de bola muito disputada (49% para 51%), com quase os mesmos toques na bola (579 para 582) e passes concretizados (421 para 437), onde até a percentagem de passes com êxito é praticamente idêntica (70% para 71%).

Os jogadores da União de Leiria cometeram 19 faltas e foram admoestados com 3 cartões amarelos.

Ganham em cantos (6 para 4) e tiveram mais jogadores apanhados em fora-de-jogo (8 para 1).

Só perdem na eficácia de jogo, efectuaram menos remates (4 para 17) que a equipa adversária.

 

Examinados os números, cheguei à conclusão que esta suposta crónica, não é, nem de perto nem de longe, um análise efectiva do jogo.

 

Habituado a estas discrepâncias opinativas, fui à procura da “crónica” referente ao jogo Porto 5 x 1 U.Leiria, para comparação.

 

Na prosa, nem uma menção às ausências de Silas (nem convocado foi) e Carlão (suplente). Apesar da goleada imposta pelo Porto, nem uma referência ao desempenho da União de Leiria, apenas elogios aos vencedores:

 

“Seduz, ataca, tritura e parte para outra.”

 

“A equipa não dá margem a hesitações e a palavra misericórdia também não faz parte do vocabulário azul e branco nesta noite.”

 

“Os leirienses continuavam sem se aperceber muito bem o que lhes estava a acontecer, esmagados pelo rolo compressor”

 

Vejam bem que até o “rolo compressor”, imagem de marca do Benfica campeão, é utilizado para elogiar a equipa andrade.

 

Fiquei desconfiado e fui analisar os números do jogo.

 

Em relação ao jogo com o Benfica, os jogadores da União de Leiria cometeram menos faltas (14), foram admoestados com menos cartões amarelos (2), tiveram menos cantos (5), tocaram muito menos na bola (394) e realizaram menos passes (300).

A diferença reside em mais remates à baliza (8).

 

 

Posto isto, apenas posso concluir que estas crónicas são apenas concepções caprichosas de quem quer forçosamente pregar o seu anseio, seja por recalcamento próprio ou por força de uma deliberação. 

 

                         

publicado por Tasqueiro às 16:35
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